não me peçam
o poema
vendável
consumível
digerível
a inventar
sorrisos
onde um rictus
se desenha
no acordar dos dias
amargo tempo
este
onde miseráveis
invertebrados
semeiam
miséria
fome
tristeza de
não
não é natal
é tempo
de cavaco
pôr o coelho
nas palhinhas