começam cedo
o sal corre-lhes nas veias
como se leite bebido
em berço de areia
à beira mar embalados
correm miúdos trôpegos
pelo areal
escutam no mar a voz
que os chama
são
árvores plantadas à beira mar
pelas mãos dos que seus pais
conheço-os vejo-os crescer
enquanto sou
quem sabe
um dia
falarão de mim
quisera vê-los
arrais
(torreira; companha do marco; 2010)
