floriram cravos nas pontas
das espingardas
eram vermelhos como o sangue
que não correu
em abril a 25 no ano de 74
de paz se queriam os dias a vir
livres e solares
escritos com a mesma letra
d de dar
saltaram cravos para as lapelas
nos dias de festa e foram muitos
disfarce também para filhos da mãe
os mesmos que sem eles agora
hoje só com a bandeira na bando do casaco
libertos de disfarce incómodo na festa
foram donos e senhores efémeros
estariam ali fosse ela nacional ou
da república em democracia eleita
guardadas estavam as cadeiras
o tempo era a única oposição conhecida
em verdade te digo que mentem
(coimbra; 25 de abril; 2015)


Gostei do artigo, e de te ver neste dia de hoje, 25 de Abril, com um sorriso “gorim”, segurando o Cravo vermelho.
Ser “gorim”, na ficção de David Eddings, é ser mágico-“UL” (pai dos deuses), criador do “Prolgu” – universo paradisíaco habitado pelos “Ulgos”.
Assim assumido na personagem “gorim” – mágico, cabe-te a enorme responsabilidade de plantar cravos vermelhos para que seja possível criar na nossa Terra o paraíso.
Eu estive hoje a festejar o Dia no Centro Cultural de Belem (CCB), este ano organizado em parceria com o Cinema, e lá assisti a um clássico filme e dois belos concertos, na companhia de uma amiga. São 3 dias de Festa da Música, para todos os gostos e idades, com muitos sorrisos, e cravos vermelhos nalgumas lapelas.
25 de Abril Sempre!
domingas, na fotografia não sou eu quem empunha o cravo, é uma mulher bem portuguesa livre e lutadora