crónicas da xávega (503)


caminho por aí
face aberta ao vento
olhos abertos ao mundo
coração em forma de gente

ásperos são os caminhos
a limpidez de que falava
sophia
é porto de abrigo
para fugir deste cozido
à portuguesa
onde abunda a carne de porco
o arroto
e o cheiro a vinho pútrido

tirem-me daqui
alguém disse
mas ninguém nos pode tirar
de nós

(o arribar da mão de barca: torreira; 2009)

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