mar becker
com as mãos
esgaravata o chão
labuta diária
pedras preciosas
simples seixos
torrões de terra
garimpa e semeia
ciranda e lavoura
trabalha muito
dia após dia
no aparente deserto
renasce mar
a poesia acontece
no silêncio da casa
e ilumina os dias
(solheira; safar redes; torreira; 2011)