dos pescadores e da pesca
como é belo o fim do dia ou o que tu não viste quando olhaste
como é belo o fim do dia
arrumadas as artes
o barco adormece suavemente
nos braços da areia
uma gaivota
perde-se no longe antes
de lhe vir fazer companhia
na tasca os homens convivem
recordam histórias antigas
jogam às cartas e ao dominó
entre dois copos de três
três copos, quantos ….
a noite é longa
na barraca
na casa económica
aguardam a mulher e os filhos
é ela que guarda a casa
que garante que este barco não se afunda
como é belo o fim do dia ……
pelo na venta
pescadores avieiros (1)
__FOLHA INFORMATIVA Nº35_A última pescadora Avieira de Alpiarça
agradeço à “Direcção Executiva do Consórcio – (Candidatura da cultura Avieira a património nacional)”, particularmente na pessoa do dr. joão serrano, a autorização para publicar neste espaço alguns dos seus boletins informativos.
ir ao mar
de novo o barco se faz ao mar
sempre na busca do pão
entre gritos de alegria e medo
o barco avança de braços abertos
as águas abrem-se para o receber
a mãe não nega o filho
antes resiste e cede
a cena repete-se
o homem da máquina estava lá
um dia ambos desaparecerão
ficará só o mar