Julho 29, 2010 by ahcravo a xávega na torreira óscar miguel, barco que foi do joão da calada o mar imenso confunde-se com o azul do céu a areia estende-se a perder de vista nela se afogam as ondas em murmúrios de sufoco em terra a arte prepara-se homens barco redes tudo espera a nova maré o novo lanço é verão e é preciso ganhar o pão
Julho 26, 2010 by ahcravo elas, as janelas castelo de vide aranhas tecem véus finíssimos as mãos da rua se defendem embelezando o rosto da casa são elas são sempre elas que guardam as janelas
Julho 23, 2010 by ahcravo ir ao mar de novo o barco se faz ao marsempre na busca do pão entre gritos de alegria e medoo barco avança de braços abertos as águas abrem-se para o recebera mãe não nega o filhoantes resiste e cede a cena repete-seo homem da máquina estava lá um dia ambos desaparecerãoficará só o mar (praia de mira; 2009)
Julho 19, 2010 by ahcravo no tempo das juntas de bois domingos santos e venâncio juntas as juntas a máxima força as redes resistem pesam o mar recusa juntas as juntas juntos os homens juntas as mulheres e não há peso há força há os bois os bois e as juntas juntas os bois sempre (torreira; anos 90; foto analógica digitalizada)
Julho 15, 2010 by ahcravo a dança do peixe miguel bitaolra e maria do carmo vilarinho caiu na rede ? o saco veio cheio ? as traineiras limparam o mar ? o saco veio vazio ? festeja-se a alegria da fartura da esperança mas não se baixa a cabeça são estes os homens e as mulheres da xávega
Julho 14, 2010 by ahcravo da serra ao mar, um outro lavrar o início da caminhada caminho na areia não sou daqui estranho este chão macio quase não chão quero ver os meus irmãos trabalhadores do mar saber de outras fainas venho de negro a minha cor desde que também eu amo o mar por isso até morrer o venho sempre visitar