
(torreira; anos 90)
olho o peixe salta na rede estrebuchando na agonia do sufoco também isto devo aprender a linguagem da morte não me será jamais estranha gostaria de brincar com aqueles peixes prateados as minhas bonecas de menina vivas mas este não é lugar de brincar no meu rosto a mulher que deste tamanho já sou contempla o trabalho que a rede encerra em que participei com as migalhas que tinha para dar como são grandes estes dias! com eles cresço e fico maior mulher do mar (do meu livro "quando o mar trabalha")