apetece-me
mãos em concha
levar-te à cara
para melhor te sentir
ver as escamas que me enchiam o rosto
boiarem onde antes peixe
a areia rebrilha ao sol
ali onde as ondas morrem
em espuma mansa
descanso os pés de tanto correr
é verão
ninguém pensa em morrer
(companha do manuel dias; 2005)
