chega o saco
à praia
esventram-no
mãos sábias
o peixe salta
vivo ainda
enchendo os homens
de escamas e sal
engana-se quem vê
pensando que quantidade
é pão
onde anda cavala
não há carapau
onde não há carapau
falta o pão
o suor
rendeu-se ao peso
o cansaço
não deu frutos
o mar não foi mãe
o pescador
sabe que ao ir o barco ao mar
só lhe resta esperar
e
ao mar voltar