Mês: Dezembro 2021
2021 – relatório e contas
perdi definitivamente o meu pai(selfie na bilbioteca habitada) não publiquei nenhum livro não ganhei nenhum prémio fui apanhado pela doença de bowen vá consultem o dr. google perdi definitivamente o meu pai não contraí covid ainda já tomei as três doses e observo as regras ganhei resiliência gosto da palavra embora não saiba muito bem o significado está na moda convém usar aumentaram as desilusões morreram alguns amigos li muito fotografei o que pude gravei poetas e juntei umas letras fiz e reforcei amizades os amigos sempre não arranjei mulher mas ganhei uma sogra uma desgraça nunca vem só de resto exames e análises foram bons o meu urologista queria-os para ele as rotinas confirmam que tirando o que está mal o resto está bem estou vivo e continuo a inventar dizer que isto é poesia faz-me rir mas é o melhor remédio e por isso mesmo comparticipado a cem por cento pela adse
“Guarda o esplendor … ” de leonora rosado
“Guarda o esplendor … ” é um inédito de leonora rosa, a publicar no livro ” LÂMINA DE PÓLEN”
CLÁUDIA R. SAMPAIO [ Lisboa 1981 ]
o prazer da poesia
Uma característica essencial da vida emocional desta autora é o seu estado afetivo que é apresentado como a experiência de seu caráter individual. A poesia da Sampaio passa pelas raízes do mal, movendo-se entre certezas alucinadas, invocações afetuosas e relâmpagos de delírio. No entanto, para aqueles curtos circuitos da mente que atropelam o amor e o próprio ser, a escrita pode reverter plenamente a angústia dos dias, opondo-se à heterogeneidade evasiva dos elementos, a possibilidade de abraçar o Tudo, deixando de lado o caos, deixando, por alguns breves momentos, as instâncias da melancolia.

Tu sentado na praça. Entre nós uma enorme quantidade de frio., uma reunião de pombos e dis taxistas de dentadura lunar. Comove-me esta intensa fila para se chegar à ginja como se assim se chegasse à verdade das coisas, aos braços tão curtos da solidão ibérica. Comove-me a velha que sobe as saias…
View original post mais 823 palavras
a prenda
meticulosamente
começou a despi-la
os dedos prendendo-se
nas pequenas coisas
desabituados de
uma a uma
as peças
dispostas com esmero
na cadeira mais próxima
até que
o corpo surgiu inteiro
e puro
limpo de disfarces
admirou-lhe a perfeição
contemplou-a absorto
durante alguns segundos
tinha conseguido
depois
depois entregou a boneca à filha
para que lhe vestisse o conjunto novo
que a mãe momentaneamente ausente
lhe tinha oferecido pelo natal
poemas do quinto “interlúdio” de “A Encenação do Amor” de teresa alvarez
“Dia de Natal” de mário, in “a criança e a vida”
o poema “Dia de Natal” faz parte do livro “a criança e a vida” de maria rosa colaço
“Natal” de victor moreira, in “a criança e a vida”
o poema “Natal” faz parte do livro “a criança e a vida” de maria rosa colaço
poemas do quarto “interlúdio” de “A Encenação do Amor” de teresa alvarez
“Dois Tiros de Pólvora Seca” de nuno f silva
o poema “Dois Tiros de Pólvora Seca” faz parte do livro “Epilepsy Dance”