era manhã muito cedo ainda ensonado o sol recusava-se a rir a névoa que cobria os campos era um véu tímido que lhe tapava os lábios lentamente o dia espreguiçou-se, bocejou iniciou o ritual do levantar escondido atrás de uma erva pequenina a tudo assistia estupefacto no momento em que chegaste vinhas de muito longe poisada numa folha verde trazida pelo vento gelado da manhã eras nova no prado ninguém te conhecia para mim sorriste e as outras abelhas invejaram-me a companhia

