sobre coimbra os olhos deitam-se e sonham o terem sido
florescem nos degraus são feitas de sol
plantei uma flor no mar sentada a meu lado os teus olhos procuravam a flor e sorriram ao vê-la fulgir por entre as ondas deste-me então um beijo depois acordei e só me lembro deste sonho
sentada a teu lado dera-te o beijo aromatizado com a flor orvalhada pelas ondas que a embalaram nos teus sonhos depois acordaste e envolvi-te no perfume que deixei ao teu lado da flor que meu sorriso percorreu por entre as ondas para só te lembrares deste sonho
agostinho trabalhito
do agostinho trabalhito (canhoto) muito haveria que contar, mas fico-me pelos últimos anos.
trabalhou na companha do falecido zé murta e trabalha agora na companha do marco. a corda ao pescoço serve para atar a manga antes do calão e, assim, impedir que alador “coma” e quebre o calão.
pelo caminho lavou pratos num restaurante e dedica-se à pesca à cana (ainda de bambu) para apanhar peixe mais “grosso” que aumente a dispensa da família ou para vender aos restaurantes.
dos muitos irmãos que tem não posso deixar de recordar dois já falecidos: o zé trabalhito e ti antónio trabalhito, ambos homens de mar, ambos homens da torreira