(reprodução da newsletter)
Decorrem os trabalhos de limpeza da aldeia Avieira do Patacão, em Alpiarça, dinamizados pela AIDIA – Associação Independente para o Desenvolvimento Integrado de Alpiarça. Os trabalhos decorrem há cerca de dois anos, envolvendo sempre cidadãos voluntários. No ano de 2010 foram lá oferecidos 80 dias de trabalho-homem e no ano de 2011 foram oferecidos 70 dias de trabalho-homem, o que perfaz até hoje 150 dias de trabalho voluntário para limpar a aldeia histórica e o próprio Patacão. A Câmara Municipal de Alpiarça cedeu maquinaria, sem a qual os trabalhos não se teriam desenvolvido tão rapidamente.
A aldeia começa a mostrar a sua face limpa, porque num sábado em cada mês estas pessoas prescindiram do seu descanso para cumprirem com uma missão cívica e cultural. Por lá vão continuar, um sábado de cada mês, até que a aldeia esteja completamente limpa.
No dia 17 de Dezembro de 2011, cumpriu-se mais um sábado de trabalho voluntário. Conseguiu-se juntar nove pessoas para continuar a limpar a aldeia abandonada, e alagar a maracha do Tejo. Contou-se com a colaboração dos bombeiros municipais de Alpiarça, que vieram assistir a uma queimada controlada dos resíduos de vegetação que praticamente “engoliu” a aldeia e que agora houve que remover integralmente, o que ocorreu neste dia.
Aproveitou-se o dia também para alagar, ou tombar, salgueiros na maracha do rio Tejo – na zona do Patacão – como forma de proteger as margens da erosão das cheias e defender as terras da lezíria ribatejana.
Dos voluntários, quatro eram pescadores Avieiros. Aproveitámos a sua presença para os entrevistar. Os seus testemunhos de vida e de trabalho deram origem à presente Folha Informativa.
O Gabinete de Coordenação
(Projecto de candidatura da cultura Avieira a património nacional imaterial e da Unesco)
—
Cultura Avieira – Um património, uma identidade
Entrevista com Avieiros 111217[1]