deixar por momentos
o vento pelo cabelo
ser água fresca
onde o sonho
floresce
no embalo
andaremos
se quisermos
que é de guerra
este tempo
soem os tambores
depois das guitarras
deixar por momentos
o vento pelo cabelo
ser água fresca
onde o sonho
floresce
no embalo
andaremos
se quisermos
que é de guerra
este tempo
soem os tambores
depois das guitarras
lembro-me de ser assim…
“cumpria-se a terra
depois de agosto
nas eiras plenas de oiro
as desfolhadas
gentes de casa
em casa
o ritual da partilha
dos braços
em coro e ao desafio
a festa
em cantares de antes do milho
mãos
ágeis e sábias desfolhavam maçarocas
vermelha a maçaroca sorria
milho rei
o beijo pedido
celebrava ele também
o reiniciar da vida”