de como não devia ser
não sei se te sabes
se sou eu que te não sei
mas é nestes desencontros
que o presente morre
e se assassina o futuro
não me comovem as lágrimas
que não nascem das mãos
escrevo-te pregos e arame
instrumentos cortantes
ferramentas tuas de sangue fazer
o meu tempo é hoje
o teu também o será
mas são dias tão diferentes
(arribar; torreira; companha do marco; 2015)