tudo é nada

quando tudo acaba
o que começa?
quando o ter sido
não voltará a ser
o que resta?
quando o barco
vencer o mar
nem sempre os homens
se vencem
no fim do fim
não serei nada
encontrei
uma concha na areia
no recuar da onda
peguei nela
senti-lhe a leveza
na palma da mão
tudo era eu
tudo é nada

(torreira; 2016)
MAGNIFIQUE.
merci gazelle
Republicou isto em O LADO ESCURO DA LUA and commented:
Gosto muito de tudo que é publicado. Há sensibilidade e poesia.
obrigado anísio. a foto é de arquivo o poema é de momento 🙂