crónicas da xávega (254)


da casa e do mar

moro ao pé do mar
e não o vejo
das minhas janelas

ouço-o nas noites
de temporal
entra na casa como
se sua e eu

as vistas da casa
são outras casas
com outros eus

chamam a isto
cidade
porque muitos

saio de casa
em direcção ao mar
e é sozinho
que me reencontro

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(praia de mira; 2009)

One thought on “crónicas da xávega (254)

  1. Abençoados os que possuem amigos, os que tem sem pedir. Porque amigo não se pede, não se compra, não se vende. Amigo a gente sente. (Machado de Assis) Sinto que tô querendo ser sua amiga, topas?

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