o alfredo partiu mas fica esta memória de quem sabia ler o mar
(o alfredo a ler o mar; torreira; 2005)
o homem

foto de 2010
as palavras poucas
a ironia fina
as convicções
o saber ser
o estar sempre
o dar o rosto
os braços abertos
as mãos de dar
o homem
(torreira)
o tempo
meu amigo
não pára
não espera
não se cansa
paramos nós
paraste tu
foste-te no tempo que fica
ficas neste momentos
resguardados
do tempo que passa
vejo-te ainda neste tempo
onde o teu rosto
permanece
e é memória de teres sido
estranha forma esta
de congelar o tempo
e os amigos
serem nele sempre
os mesmos
de quando foram
aqui
continuas a sorrir