de faca na liga
aprontada
de faca na mão
bem afiada
rasgou o jornal
queimou
a cambada
de faca na liga
a raiva contida
a boca calada
com faca
sem liga
barriga
recheada
lá vai a cambada
(moliceiro; torreira; regata da ria; 2009)
nas regatas da ria são muitos os olhares para tão poucos moliceiros por mais velhos que sejam todos são de novo meninos
(regata da ria; torreira; 2010)
o beijo primícia carícia guarda ainda o teu sabor o teu nome cravado nos lábios sangra iniciaste um tempo que contigo acabou há quanto tempo o tempo parou
(torreira; regata da ria; 2018)
plantei uma árvore chamei-lhe desejo nasceu uma flor linda dei-lhe o teu nome
(regata da ria; aveiro; 2013)
interrogações quem sou para onde vai o que fui sou eu ainda o que amou muito se deu todo e nem sempre foi feliz quem sou para onde vai
(aveiro; regata da ria; 2010)
poema do morto desconhecido descansem em paz
(torreira; regata da ria; 2013)
quando vieres traz a manhã nas mãos para que o dia nasça onde nunca nasceu
(torreira; regata da ria; 2009)
o careca pegou num pente penteou a mente pacientemente
(torreira; regata da ria; 2018)
disseste o vento eu sei vou com ele
(regata da ria; torreira; 2016)
moliceiros para eugénio
(torreira; regata da ria 2011)
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