a eugénio de andrade
não há palavras
interditas perante o horror
netanyahu assassino
bombas e mísseis
lavraram a terra
que o sangue regou
nos escombros de gaza
um braço nasce
uma perna perdeu-se
desumana lavoura esta
semeadura de mortos
colheita de amputados
netanyahu assassino
não há palavras
interditas perante o horror
(moliceiros; regata do emigrante; cais do bico; murtosa; 2014)









