colhe de madrugada
as mais límpidas palavras
orvalhadas de sonho
no côncavo das mãos
sente-as
crescer sente-as
ergue os braços ambos
oferece-as
ao vento da manhã
liberta-as
deixa-as ir
são o poema
que nunca escreveste
(regata de bateiras à vela; s. paio; torreira; 2014)