sou a que fica em terra
à espera dele
que trabalha desde que as pernas
suportam o corpo
até que o corpo as não sinta
sou eu que grito
quando o mar está bravo
e o barco sobe na crista da onda
quando o arrais grita
VAI! VAI! VAI!
sou a que se faz ouvir no nevoeiro
dizendo que a terra é aqui