carlos aldeia; anos 90
amanhã outro dia
será
é assim no mar
vive-se cada dia como se
o primeiro
o último
amanhã outro copo
virá
é assim na tasca
um copo de ressaca
uma onda varre o corpo
uma carta sai do baralho
uma noite passa no tempo
amanhã outra faina
será
vida de pescador
é percorrer em terra
caminhos que no mar rasgou
e eu sou