o livro do espanto


 

livro do ano da autoria de afonso cruz

 

o prazer de passear por entre livros, abri-los, folhear algumas páginas e tentar descobrir algo que me agrade, é uma aventura que por vezes me leva à aquisição de mais um livro, mesmo em momentos de crise.

 

hoje, porém, não foi só uma aventura, sequer um prazer, foi uma viajem ao mundo do espanto.

 

gostei da capa, abri as primeiras páginas e fui lendo, a cada uma que passava era eu que me “passava”, um verdadeiro espanto, cada página uma pérola e eu …. eu de espanto em espanto até ao espanto de não haver qualquer nota biográfica sobre o autor, até nisso era espantoso.

 

aleatoriamente abria-o e lia o que na página encontrada o autor semeara, não houve uma, uma só, em que não me detivesse e me espantasse.

 

simplesmente simples e belo, ainda tremo quando escrevo sobre o que sinto.

 

aos amigos, aos verdadeiros amigos, só posso pedir um favor: não deixem de comprar.

 

falo, se calhar tarde, de “o livro do ano” da autoria de afonso cruz.

 

joão rodinhas


joão rodinhas

joão rodinhas

 

ser pescador é assim: ser baptizado com um nome, crescer com a alcunha da família e, quantas vezes, ganhar por si a alcunha por que será conhecido.

 

com o joão manuel neto foi assim, como é e será enquanto pescadores houver.

 

fotografei o avô, alfredo, o falecido tio antónio, o pai manuel e outros da família, todos netos de apelido de registo.

 

há quantos anos conheço o joão…. acho que nenhum de nós sabe, mas ambos sabemos que, para além da fotografia há uma coisa muito mais forte: a amizade.

 

abraço joão, são homens como tu que enriquecem as artes do mar e da ria da nossa terra e mostram que ainda é possível ser “pescador da torreira”, assim os homens que mandam neste país lhes reconheçam o real valor.

 

(torreira; marina dos pescadores; safar redes)