olá s. pedro


olá s.pedro

olá s.pedro

 

2005 foi o último ano de funcionamento da companha do manel dias, na torreira, que abriu falência no final da safra.

o s. pedro ficou em terra, no extremo sul da praia, junto ao final da estrada. ali permaneceu até que o falecido arrais zé murta o adquiriu, reparou e rebaptizou com o nome de “olá s. pedro”, dando assim alguma sequência ao “olá sam paio” de que era dono.

2009 foi o primeiro ano em que o “olá s. pedro”, recuperado pelo mestre felisberto, se fez ao mar com o seu novo dono.

mais tarde – ainda em 2009, segundo maria murta – e ainda em vida de zé murta, foi vendido a uma companha do pedrógão, onde ainda trabalha.

 

louzâ henriques fala de abel botelho


manuel louzã henriques

manuel louzã henriques

 

se ser radical é ir até à raiz das coisas, louzã henriques será radical por definição.

a análise que fez, durante cerca de duas horas, sobre a obra de abel botelho, numa das suas “conversas vadias”, na “lápis de memórias” em coimbra, a que chamou “cascalho literário”, leva-nos a percorrer todo um caminho de saber que cativa e enriquece quem teve a oportunidade de estar presente.

se cada homem é uma história, como já alguém escreveu, manuel louzã henriques, é um homem com história e que faz história com muitas histórias.

aqui fica o testemunho possível desses momentos

clip 1

clip 2

clip 3

clip 4

clip 5

clip 6

descansemos em paz


pôr do sol no bico, murtosa

pôr do sol no bico, murtosa

concebe o silêncio

como uma música onde as palavras

se buscam e purificam

 

escuta-o

sente como são belos estes momentos

em que o silêncio te rodeia

 

sê parco nas palavras

e grande nos actos

cresce para o silêncio

 

um dia

sim um dia

ele crescerá para ti

 

até lá

que descansássemos em paz

isso desejava

meu caro


palhaço

palhaço

desceu a senhora à terra

meu caro

que já só de milagres este país

se sustenta

não haver

santa bárbara uma trovoada

esquecida

um raio que os parta

uma cheia que os leve

não haver senhores

um pouco de decoro

em tudo isto

chamaram-lhe palhaço

meu caro

acha que a senhora

lhe pode valer?

arribar do olá sam paio


 

 

 

manel caravela e antónio sabonete

manel caravela e antónio sabonete

os ganchos vão ser engatados nos arganéis para que o barco comece a ser puxado pelo tractor.

os movimentos têm de ser rápidos e precisos, qualquer descuido, qualquer movimento do barco provocado pela corrente de norte ou por uma onda traiçoeira, pode apanhar os homens e não seria a primeira vez que pernas seriam esmagadas.

tudo aqui é vivido ao momento