é tarde
enevoado tempo
o das memórias
acordo e recordo
não consigo
esquecer
o que me lembra
ao adormecer
sofro de memórias
de violentados dias
fracas palavras
pobres gestos
vem vazia a rede
vem vazia
vem
é tarde

alar com salvador rilho (chalana)
(torreira; alar da solheira; 2010)