poema incompleto
a idade
tornou-me leve livre
sou as minhas palavras
escrevo o que penso
sem busca de clientela
línguas que em jovem aprendi
aperfeiçoei vivendo
pelo caminho a nada me vendi
sou e existo
poema incompleto
(a mão da adelaide; praça do comércio; coimbra; 20..)
hoje é dia oito de abril
de dois mil e vinte e cinco
um dia como qualquer outro
quando todos os dias
forem iguais a todos os dias
então um desses dias
será o meu dia
(fazer estopa; ria de aveiro; torreira; 2018)
as mãos
escrevem
escrevem-se
lêem-se
as mãos
são
livro aberto
biblioteca pública
(torreira; 2012)
gosto de ler
mãos
(xávega; reparar redes; 2012)
não há bem que sempre dure o mal é esse
(safar redes da solheira ; torreira; 2015)
aprendi com o sol a ser sombra
( a adelaide; santa cruz; coimbra; 2014)
ser o outro não é ser mais é ser
(coimbra; feira de artesanato; 2014)
amar no teu corpo a guitarra dedilhá-lo tocar as mais belas melodias
(figueira da foz; cae; jardins de inverno; beto do bandolim; 2019)
está frio tenho os dedos gelados entanto ardo por dentro um fogo intenso que se consome no acto de escrever estas palavras poucas que nada dizem como sempre mas que me embrulham e me aconchegam nestas noites de estar só
ahcravo gorim Blog 