caiu em si
certamente
não tinha onde cair
(recriação da safra; ecomuseu do sal; armazéns de lavos; 2020)
“Recriação da safra à moda antiga” – foto 16
é quando o vento sopra forte

é quando o vento sopra forte que das árvores caem ramos folhas frutos alguns vermes é quando o vento sopra forte que as gaivotas pairam poisadas no vento por sobre o mar é quando vento sopra forte em dias de sol que se faz mais sal no talho mas não flor
Recriação da safra à moda antiga” – foto 14

giga cheia à cabeça, cinquenta quilos quase, elas caminham com o porte das grandes senhoras que ao vê-las as invejam
“Recriação da safra à moda antiga” – foto 12

com esta publicação termina a série de fotos em que pretendi mostrar a “Recriação da safra à moda antiga”, organizada em agosto de 2020 no ecomuseu do sal, nos armazéns de lavos.
esta série só foi possível graças a três factores – trabalho, amizade e sorte – e a três pessoas – santos silva, margarida perrolas e gilda saraiva.
esparsamente irão aparecendo outras fotos deste evento mas sem o carácter que a série revestiu.
o meu abraço a todos os que com a sua amizade me permitiram fazer estes “bonecos”.
na foto os marnotos (marronteiros) e os montes de sal
“Recriação da safra à moda antiga” – foto 11

a arte da tiradeira é nos pequenos desequilíbrios que se manifesta.
“Recriação da safra à moda antiga” – foto 10

giga cheia, giga vazia, pela silha se cruzam as tiradeiras e o sal caminha com elas