só esses

a companha carrega o saco na zorra
vêm da terra as vozes
que não ouvimos
o termos nela raízes
é o silêncio de sermos
sem necessidade de alarido
escrevo nós
e não é o pronome que ouço
são os laços
tão fortes e tão frágeis
que o tempo romperá a seu tempo
não precipites os dias a haver
vítima serás
se carrasco quiseres ser
abraço quem me abraça
escreveu o poeta
eu também
só esses

todos unidos, são a companha
(torreira; companha do marco; 2015)