alar e aparelhar com a companha dos leais (2019)


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este registo pretende apenas ser um documento das práticas de alar e aparelhar na companha dos leais, na praia da leirosa.
 
não tem quaisquer pretensões fílmicas.
 
aspectos relevantes e salientados no registo:
 
– o alar e aparelhar da cala da mão de barca
– a ferramenta criada para servir de passadiço às mangas (pode-se ver na mão de barca)
 
aos proprietários da companha, irmãos leal, e a toda a companha os meus agradecimentos por me terem deixado fotografar e filmar, pela camaradagem, por me terem considerado um dos seus, um grande abraço

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lurdes catelhana (canhoto)
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todos os dias, de acordo com as instruções do arrais chico giesteira (chico de ovar), a companha faz as viagens de ida e volta: furadouro-torreira.
instalam-se ao sul do molhe sul, onde têm tudo o que é necessário para passar o dia: uma caixa térmica de uma carrinha, que serve de dispensa, um coberto que abriga uma mesa e equipamento de cozinha.
um depósito industrial de gasóleo para abastecer tractores e motores.
da companha fazem parte duas mulheres, que ajudam na escolha do peixe e cozinham para toda a companha. a organização imposta pelo arrais e voluntariamente aceite por todos, é a melhor que até hoje vi.
se há ainda lobos do mar, o chico é certamente um deles.
(companha do pepolim – do furadouro a trabalhar na praia da torreira; 2006)

crónicas da xávega (287)


o bairro da liberdade
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insuportável o grito
o terem razão e serem calados
 
a lenta construção da mentira
a segunda morte
 
insuportável o grito
a lenta construção da mentira
 
a segunda morte
o terem razão e serem calados
 
um bairro uma avenida
os marginalizados no centro
 
(torreira; a mão de barca; 2012)

“quando o mar trabalha” – tempo de prestar contas


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o meu arrais, joão da calada, nos anos 90, meu mestre e grande amigo

é tempo de falar da companha que me ajudou a trazer à praia este trabalho, dizendo os seus nomes.

na escolha dos textos: maria josé barbosa e antero urbano

no trabalhar e seleccionar das imagens: jorge bacelar

na definição do formato do livro e acompanhamento da sua elaboração: helena mouro

na edição e em tudo: jorge pinto guedes (o meu editor e um grande amigo)

no lançamento na torreira, o pessoal de terra:

manuel arcêncio, director do agrupamento de escolas da murtosa, que entendeu desde sempre o meu trabalho e nesta fase final cedeu o espaço e toda a logística.

maria josé ferreira e arlindo silva, que trataram da parte mais delicada do lançamento: entregar os livros, receber os euros e prestar contas.

a todos eles o meu obrigado e um abraço comigo dentro.

bem hajam.

o filme ficou assim