mãos de mar (49)


as mãos

as mãos
chegam pela manhã
a carícia

quanto partem
dizem em silêncio
a dor de

as mãos que dei
não esperavam nada
nem o que recebi

poucos são os
finais felizes

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(torreira; 2016)

2 thoughts on “mãos de mar (49)

  1. No silêncio
    No ruído dos pensamentos,
    A ausência da carícia
    A ausência das mãos,
    No final, uma falta permanente,
    Como arbusto seco,
    A ausência da carícia
    A ausência de outras mãos

    Um abraço, no silêncio
    Isabel Amorim

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