a beleza do sal (42)


o brilho do sal

súbito
tudo é nada

do pouco
que na mão
num sopro tudo
se foi

a memória resiste
onde o presente
abraça o espanto

uma mão parada
no tempo
ainda te acaricia

no brilho do sal
a luz refaz-se
para ser sol


no brilho do sal

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(morraceira; rer; 2016)

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