a mais ninguém
cinzentos
os dias sucedem-se
monótonos diversos
suceder-se-ão
o tempo
esse assassino impune
a cada dia me leva amigos
levar-me-á
o que o tempo
me não roubou ainda
homens levaram
perdoo ao tempo
é da sua natureza
a mais ninguém
a mais ninguém
(torreira; a escolha; 2009)