DANIEL FARIA [Baltar-Paredes 1971 – Porto 1999]

DANIEL FARIA [Baltar-Paredes 1971 – Porto 1999]


a poesia de daniel faria

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Neste espaço vai-se falar brevemente sobre um poeta que poderia aparecer entre aqueles já consolidados da literatura portuguesa e estrangeira. A poesia de Daniel Faria pode-se considerar uma aventura afortunada, embora breve, e literariamente prolífica, como evidenciado por uma revisão bibliográfica recentemente concluída, que visa reconstruir toda a produção deste autor. Um jovem seminarista culto, de índole mística. Um poeta intemporal. A sua é uma palavra que se encarna na existência individual e coletiva, porque é existência que se torna poesia. Ressonância humana particular e inconfundível adquirem suas líricas que enfrentam os temas da imanência e da transcendência, assim como o do conhecimento interior; tópicos em que Daniel Faria se tem entretido tornando-os o núcleo de seu pensamento. O processo meditativo é acompanhado, ou melhor, é em si mesmo também escrita lírica ligada à exegese do verso e no verso, bem como nos recessos mais aparentemente…

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MARÍA JOSÉ  QUINTELA [Vila Real 1955]

MARÍA JOSÉ QUINTELA [Vila Real 1955]


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A escuridão é a nossa primeira realidade, o enigma iminente do nosso nascimento. Nosso ser microcósmico, despertando no útero, está envolto na matéria negra de nossa herança ancestral. Luz e trevas constituem o mais importante sistema dualista de forças polares que, na maioria das doutrinas iniciadoras, é a encarnação da divindade.

Em seu valor potencial, a divindade é pensamento e na dimensão do microcosmo é o inconsciente. Mas é também o som sublime, uma palavra tão húmida quanto a água e a luz que desce sobre a terra trazida pelos raios do sol. Uma palavra que se torna o movimento ou vida da divindade para todas as línguas, cores e virtudes que residem na Palavra. Para María José Quintela é também verdade, luz do ser e criação contínua do universo. O mais puro símbolo da manifestação do ser que pensa e se expressa para voltar à…

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