sinto-me sem mim. de tão só me não encontro. onde parará quem sou ? quem fui onde ficou ?
vagueio entre o eu e o não-eu. Entre estar aqui ou noutro sítio, qual a diferença ? a única geografia possível está em mim, é aí que me devo sentir habitante de .
a tudo me sinto aqui paralelo. acaso algum dia me intersectarei algures ?
dêem-me um código postal, atribuam-me uma classificação nos vossos catálogos.
e que fazer da memória, do engenho de pensar ainda ? não caibo no vosso mundo porque rompi as cadeias que me tolhiam os olhos, mas agora que vejo demais, quem me dera cego.

tateio – em vão – a saída