os velhos (II)


pouco a pouco

recuperam do passado os rostos

a memória

também ela se vai gastando no refazer de caminhos

os nomes

esvaem-se no tempo

como é que se chamava o nosso sargento ?

do que ontem ardia

hoje apenas algumas cinzas

o vento dos dias

pelo tempo a memória espalhou

são três

e à mesa do café jogam

cartas velhas de sebo

batotas antigas de casernas rancho marchas

lembras-te ?

são três e recordam

e assim se unem os velhos