repararam as redes
aparelharam o barco
estudaram o mar
fizeram-se a ele
venceram-no de novo
lançaram a rede
regressaram a terra
arribaram e ganharam de novo ao mar
alaram o aparelho
suaram muito
foram todos e todos forma um
o saco trouxe peixe
ajoelharam-se
curvaram-se
suaram de novo
reaprenderam a contar
mediram escolheram
separaram sonharam
partem agora
para novo desafio
o dos homens
o do preço
da lota
ganham-lhes menos vezes
que às força indómitas do mar
chamam-lhe mercado
eu digo “ladrões!”
(torreira; companha do marco; 2010)