pelo pão de cada dia

o mestre de redes e o saco
no chão estendido
um véu rendado
é manto que cobre
homem e mar unidos
na malha dos dias
onde sol sal areia e suor
se fundem num só corpo
por debaixo das nuvens
nos caminhos percorridos
pelo pão de cada dia

como se um véu de noiva o saco nas mãos do cebola
(torreira; companha do marco; 2010)
as maõs e os olhos do mestre das redes, o cebola, percorrem o saco em busca de rombos