postais da ria (206)


para o meu amigo fernando nuno

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por que mares andaste fernando?
quantos navios?
quantas safras?
quantos comandantes?
quantos países?

quantas vezes mestre?
quanto aprendeste?
a quantos ensinaste?

pescador da torreira
é pescador de todos os mares
que da ria só embalo
não ganho que baste

no safar das redes
não safas a vida
alguém safará?

as histórias muitas
de teres sido e como tu tantos
enchem as horas da espera
de haver uma vaga
de chegar a idade da reforma
de partir ou ficar

na ria não se faz vida
pois não zé?

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(torreira; 2009)

5as de leitura com isabel rio novo e paulo m. morais


paulo e isabel ou isabel e paulo

paulo e isabel ou isabel e paulo

mais uma 5ª de leitura na biblioteca municipal da figueira da foz, ponto de encontro com autores que ainda não lemos, motivo para os ler ou revisitar os já lidos. viagem outra, por vezes, ao de dentro dos autores.

sempre, mas sempre o prazer de estar com quem escreve as palavras que nos seduzem impressas em livro.

(Isabel Rio Novo nasceu no Porto.

Doutorada em literatura comparada, é docente no ensino superior de Escrita Criativa e outras disciplinas nas áreas da literatura e do cinema.

Autora de várias publicações no âmbito dos estudos intermédia, das literaturas portuguesa e francesa e da teorização literária, já integrou o júri de vários prémios literários e de fotografia.

Gosta de dizer poesia, embora não a escreva.

Como ficcionista, começou a publicar dispersamente desde a adolescência.

Em 2004, escreveu a novela O Diabo Tranquilo, em colaboração com o poeta Daniel Maia-Pinto Rodrigues.

Em 2005, viu o romance A Caridade distinguido com o Prémio Literário Manuel Teixeira Gomes.

Em 2014, publicou o volume de contos Histórias com Santos.
O romance Rio do Esquecimento, finalista do Prémio LeYa 2015, foi editado pela Dom Quixote.

http://escritores.online/escritor/isabel-rio-novo/
Paulo M. Morais nasceu em fevereiro de 1972.

Cresceu nos arredores de Lisboa entre futebóis de rua, livros de aventuras e matinés de filmes clássicos.

Licenciou-se em Comunicação Social e cumpriu um sonho de juventude ao fazer crítica de cinema. Depois pôs uma mochila às costas e fez uma viagem à volta do mundo. No regresso, especializou-se em textos sobre gastronomia e turismo, foi pai de uma menina e plantou um pessegueiro.

Atualmente trabalha na tradução de romances e livros de não-ficção. Vive apaixonado pelo ofício de descobrir histórias e imaginar personagens.

Em 2013, publicou «Revolução Paraíso» (Porto Editora), romance passado no pós-25 de Abril. Seguiu-se a distopia «O Último Poeta» (Poética Edições), em 2015. Nesse mesmo ano foi finalista do Prémio LeYa com «Seja Feita a Sua Vontade», novela ainda inédita, pois acabaria por ver publicado primeiro o livro «Uma Parte Errada de Mim» (2016, Casa das Letras), que junta memórias autobiográficas e reflexões sobre a vida ao relato do tratamento de um linfoma.

http://escritores.online/escritor/paulo-m-morais/)

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