
massa (joaquim rodrigues)
o seu nome, joaquim rodrigues, só há muito pouco o soube – coisas do face!
massa porquê? porque quando miúdo se lhe perguntavam de que gostava, respondia sempre: “massa com chouriça”.
as alcunhas têm sempre uma história por trás. a primeira ganha-se quando se nasce, a herdada. com o a idade pode-se ganhar outra, aquela a que se ganhou direito por se ser quem se é. pode demorar tempo, mas algo acontecerá e ela surgirá.
o massa é um espanto. ele canta, faz malabarismos, conta histórias hilariantes, sabe “mandar umas bocas”, é um dos maiores braços de trabalho da torreira. sempre alegre é capaz de dispor bem qualquer um.
no mar, um braço do massa é muito mais que um, é meia companha, quase um tractor, em cima de um palco dá show, na ria a cabrita é um brinquedo nas suas mãos.
a alcunha da minha família, que já não faz parte das existentes no dia a dia actual era/é “gorim”. gosto dela e por isso a ponho a seguir ao meu nome, embora saiba que esta teimosia de querer ser o que o último já foi é só isso: teimosia.
não sei se serei alguma vez recordado como gorim, mas o google terá o registo.
(torreira; companha do marco; 2010)