o oiro da ria


anfíbia esta gente

anfíbia esta gente

 

a riqueza da ria tem variado ao longo do tempo: o sal, o peixe – nomeadamente as enguias-, o moliço, os bivalves.

nos últimos anos com o quase desaparecimento das enguias, o escassear do choco,  do linguado e da solha, têm sido os bivalves a matar a fome das gentes da ria e arredores.

a ameijoa, chamada “japónica”, que se tem reproduzido de forma surpreendente, é a espécie mais apanhada.

os preços por que são  comprados pelo revendedor, que tudo decide – quando, quanto e por quanto -, ainda vão dando para que as famílias sobrevivam nestes tempos de crise.

muitos são os que do desemprego transitam para a ria.

as licenças de mariscador, atribuídas a bateiras, estão congeladas motivando um aumento do preço de venda de bateiras com licença.

a cabrita baixa, apesar de dura, é a arte onde homens e mulheres povoam literalmente a ria, desde o instante que a “vara de apalpar” mostra que a água já chega só até ao peito, com a maré a vazar, até que seja apanhada a “encomenda” ou a enchente impeça que se continue a apanha.

isto claro nas zonas e nas épocas permitidas pelas autoridades.

(ria de aveiro; torreira; cabrita baixa)