não digas nada


o lançar da cabrita

o lançar da cabrita

 

não digas nada

queda-te onde

olha apenas

sente tudo

sente

 

o silêncio

por dentro

enche-se de

palavras

que

nunca dirás

porque nada dirão

do que viste

 

depois parte

não digas o como

não o saberás

diz que venham

tão só isso

 

não digas nada

 

(ria de aveiro; torreira; cabrita alta)

pancada de mar


barco de mar maria de fátima

barco de mar maria de fátima

são estes os momentos mais dramáticos e “fotográficos” da xávega, aqueles em que procuramos um momentâneo equilíbrio entre a amizade e a
admiração dos que dentro do barco vão, e a força do mar a espumar raiva.

é uma divisão entre o espectáculo e a amizade/admiração.

para o que der e vier, com eles e com todos para que saibam como é, o imaginem pelo menos: estou lá e procuro fazer o melhor. isso lhe devo como amigo.

se as faço a eles as devo, se não as faço melhor é porque é muito difícil ser-lhes semelhante na arte.

(torreira; companha do marco; 21010)