ora batatas
cultivam as palavras
como se agricultura diversa
no engano de ser verde
a esperança gerada
falam bem dizem muito
calam quase tudo
vencem pelo que não dizem
não prometem
logo não é cumprir é normal
servem-se do medo como arma
do hábito
nascem vitórias como repolhos
ora batatas para tais palavras
(murtosa; regata do bico; 2010)
Ignorancia a minha ao referir as coloridas decoracoes dos moliceiros a proa. . . afinal elas sao a re, junto ao leme
Haja ventos de mudanca em terra para fazerem andar os moliceiros com os seus mestres a fertilizar a memoria, mostrando o seu saber, na tradicional apanha do molico. Ainda que outros meios os tenham vindo a substituir nessas funcoes, activar a memoria e um complemento cultural muito importante para projectar um futuro com raizes na terra e nas gentes que para ele trabalharam e contribuiram.