com os painéis da proa e da ré tapados com plásticos negro, ocultas as pinturas, com bandeira negra num barco e 3 tarjas onde se podia ler “NÃO MATEM OS MOLICEIROS”, assim decorreu o protesto dos moliceiros entre a torreira e aveiro.
o cancelamento da tradicional regata torreira/aveio, foi o motivo do protesto.
estamos certos que um novo caminho se inicia e de que, para o ano, será retomada a tradição com a realização da regata, com apoios mínimos garantidos pelas entidades públicas, que usam na sua propaganda o moliceiro e ostentam como emblema e se assumem como sua pátria.
já não falo do prémio extra que mereciam pelo facto de manterem os barcos e que deveria cobrir não só os gastos com a sua manutenção, mas também assegurar um fundo de maneio que garantisse a renovação da frota e o treino de novos moliceiros na arte de condução dos barcos e conhecimento da ria para além dos estreitos limites a que hoje se confinam os mini passeios que partem do canal central.
há muito a repensar e a fazer para que o moliceiro não passe a ser somente um objecto de pintura decorativa em loiças e outras embalagens de produtos regionais.
esclareça-se que foi o turismo de aveiro que, há 27 anos, propôs a realização das regatas com os prémios de pintura, motivando desta forma os donos dos barcos para a pintura anual dos mesmos, o que só abrilhantava as regatas e dava cor à cidade nesse dia.
considero que este ano representa um intervalo na realização e a abertura para um novo modelo de organização, mais justo, potenciador da manutenção, no mínimo, da actual frota, pensar em como aumentá-la e organizado de forma diversa.