
ergo as palavras sobre pedras duras afiadas as da calçada dos dias que percorro procuro o vento que as leve onde areias sorrisos corpos desejos carícias e as deixe cair sonoras brutas nos lagos podres das avenidas até lá continuarei ainda a estar vivo e a falar desta coisa coisa chamada fome de justiça e amor às coisas da terra assim me tomem ou rasguem vou com os barcos
(cais do bico; murtosa; 2011)