basilius na feira medieval de penela (1)


 

uma figura, um artista, um projecto

uma figura, um artista, um projecto

 

 

Joaquim Vieira Basílio, também conhecido por “Mendigo Basilius”, nasceu a 15 de Abril de 1936, na freguesia de Ceira, em Coimbra.

Com uma grande paixão pelo teatro e pela poesia, desde cedo se iniciou nestas andanças, levando a todo o país a sua presença.

Com uma enorme presença cultural na região de Coimbra destacam-se as suas participações no Grupo Cénico da Casa do Povo de Ceira, de 1959 a 1965; no Grupo de Teatro de Sobral de Ceira, de 1975 a 1996; e na Cooperativa de Teatro Bonifrates, onde ingressou em 1997. Foi co-fundador do Grupo de Intervenção Poética e Animação Cultural “Os Sem Abrigo”.

Pedinte Medieval

Esta personagem conta já com 20 anos de existência, tendo nascido em 1992, aquando da I Feira Medieval de Coimbra. Daí até ao dia de hoje já esteve presente em centenas de feiras medievais ao longo do País, destacando-se Castro Marim, Guimarães, Montemor-o-Velho; Canas de Senhorim, Penela, Coimbra, Silves, Braga. Santa Maria da Feira, Óbidos e muitos outros eventos.

Com reconhecimento no estrangeiro, já participou em eventos pela Europa fora, com especial presença em Espanha e em Itália onde é muito querido.

Durante os anos 90 deu corpo a outra personagem “O Cego”, na Romaria do Senhor da Serra em Coimbra.

Com participação em outras actividades culturais, destacam-se as suas narrações e declamações de poemas. É também de salientar a sua presença no Grupo de Intervenção Poética e de Animação Cultural “Os Sem Abrigo”, que levou por toda a região centro do País, em inúmeras actuações.

(informação retirada de um desdobrável que me foi oferecido pelo Basilius)

 

carta a quem


 

 

maria de fátima, nele se depois de mim irei ao mar

maria de fátima, nele se depois de mim irei ao mar

 

 
não
não me quero
à sombra dos ciprestes
no subterrâneo rumor dos vermes
sob flores de plástico

deixem-me ser
ainda que por breves instantes
espuma no bramido das ondas
abraçar uma última vez o mar que tanto amei

não manuel
não quero ir de burro
mas de barco

deixem-me
desejar onde estarei
quando já não for

 

(torreira; companha do marco; 2013)