trump, covid-19 e china


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os habituais construtores de teorias de conspiração encontram em “donald” (lembram-se dele?) trump um mestre exímio.
 
se não vejamos: a culpa de a pandemia se ter espalhado pelo mundo fica a dever-se a sonegação de informação, ou a uma informação tardia da china – teoria da conspiração
 
então os estados unidos só sabem o que se passa na china através das informações que ela presta? para que servem os serviços de informação, conhecidos por cia? se não sabiam o que se passava na china, demitam-se os responsáveis, se sabiam e não o comunicaram a tempo, demitam-se os responsáveis de novo, se o sabiam e o comunicaram, então a ignorância é propositada e criminosa.
 
admitamos que a cia não funcionou – não soube, ou não comunicou. admitamos.
 
será que as decisões de trump (donald) têm ajudado à contenção do contágio nos estados unidos? pelo que sabemos, pelo que vemos, ouvimos e lemos, nada têm ajudado.
 
quem é o culpado? todo o mundo menos ele. e a organização mundial de saúde por cumplicidade com a china perde financiamento quando mais dele precisa.
 
donald é trump
 
mas, valha-nos isso, (donald) trump é louro, o mesmo acontecendo a johnson (boris) e, como não há regra sem excepção, bolsonaro moreno
 
(esta meditação não se pretende conclusiva e fica aberta a todos os contributos dos comentadores habituais)

crónicas da xávega (343)


o poema
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(torreira; 2010)

colhe de madrugada
as mais límpidas palavras
orvalhadas de sonho
no côncavo das mãos
sente-as crescer
sente-as
depois ergue os braços
entrega-as
à brisa da manhã
não importa se as conheces
sequer se as amas
liberta-as
serão elas o poema
que nunca escreveste
hasta siempre luís

hasta siempre luís


hasta siempre luís
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oeiras; 25 de outubro; 2008

no dia 25 de outubro de 2008, luís sepúlveda esteve numa livraria de oeiras para autografar a sua obra.
quando o soube enchi uma mochila com livros e resolvi ir estrear a minha nova nikon d80 a oeiras, o autor de ” o velho que lia romances de amor” era obrigatório.
o dono da livraria, ao ver-me com a mochila e a saca da máquina fotográfica, perguntou-me de onde vinha e disse-o a luís sepúlveda que, depois de alguns minutos de conversa, começou a escrever as dedicatórias nos livros que eu levara na mochila.
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oeiras; 25 de outubro; 2008

perguntei se o podia fotografar, consentiu, e a seguir o dono da livraria perguntou-me se eu queria que ele nos tirasse uma fotografia aos dois.
desses momentos, ficam estes registos.
hoje, vou voltar a reler “o velho que lia romances de amor” e estar mais uma vez e sempre com luís sepúlveda
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oeiras; 25 de outubro; 2008