murmuramos muito


o salvador belo, larga a  bóia, assinalando um andar da solheira
pelos caminhos feitos
de passadeiras cobertos
os que do suor só sabem que nunca
vão para longe pela mão dos que
vão e vêm bastas vezes
vêm e vão as mesmas

e nós
nós aqui a dizer que sim
porque nada dizemos em voz alta
mas murmuramos muito
porém
deram-nos a voz para falarmos alto
dizermo-nos

no silêncio da ria
as palavras também vêm na rede
as que escrevo

as que te queria ouvir dizer
de pé
o salvador belo, larga a  bóia, assinalando um andar da solheira

(ao longe, muito perto, o meu amigo salvador belo, larga as redes da solheira)

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