precioso o rigor
olhos às mãos
atentos na minúcia
dos movimentos
precisos
gestos destros
de carinho
afaga metais madeira
pedra
do amor quotidiano
pelas pequenas coisas
despretensiosas
gentes obras erguem
ofertadas com a delicadeza
do chá saboreado em tendas
que nos cobrem do sol
do tempo em que
ali permaneço
preso ao labor e ao amor
não ao negócio
que esse vem depois
com a necessidade de subsistir
falo deles
e a arte são
(buarcos, feira medieval, páscoa 2012)